Os fenícios foram responsáveis pela formação de
uma rica civilização que ocupou uma faixa do litoral
mediterrâneo que adentrava o território asiático até as montanhas do atual
Líbano. No início de sua trajetória, a exemplo de outros povos da Antiguidade,
os fenícios desenvolveram uma economia exclusivamente voltada à agricultura.
Contudo, graças ao seu posicionamento geográfico, acabou viabilizando o contato
comercial com várias caravanas nômades.
A expansão comercial foi responsável pela
organização de vários centros urbanos independentes, entre os quais destacamos
Arad, Biblos, Ugarit, Tiro e Sídon. Em cada uma dessas cidades, observamos a
presença de um monarca escolhido
pela decisão dos grandes comerciantes e proprietários de terra do local. Dessa
forma, podemos afirmar que o cenário político fenício era eminentemente
plutocrático, ou seja, controlado pelas parcelas mais ricas da população.
O desenvolvimento do comércio entre os
fenícios aconteceu primordialmente através da realização
de trocas de mercadorias. Com o passar do tempo, a expansão das atividades
privilegiaram a fabricação de moedas que facilitaram a realização de negócios.
Sob tal aspecto, devemos ainda destacar a grande complexidade do artesanato
entre os fenícios. Madeiras, tapetes, pedras, marfim, vidro e metais eram
alguns dos produtos que atraíam a atenção
dos habilidosos artesãos fenícios.
Outra interessante contribuição advinda do
comércio entre os fenícios foi a elaboração de um dos mais antigos alfabetos de
toda História. Por meio de um específico conjunto de símbolos, os fenícios
puderam empreender a regulação de suas atividades comerciais e expandir as
possibilidades de comunicação entre as pessoas. Séculos mais tarde, a
civilização greco-romana foi diretamente influenciada pelo sistema inaugurado
pelos fenícios.
Na esfera religiosa, os fenícios ficaram
conhecidos pelo seu amplo interesse nas práticas animistas, ou seja, a adoração
às árvores, montanhas e demais manifestações da natureza. A Grande Mãe e Baal
(o deus protetor) eram as duas mais prestigiadas divindades do universo
religioso fenício. Geralmente, os rituais eram executados ao ar livre e
incluíam a realização de sacrifícios, sendo que alguns destes contavam com a
oferenda de seres humanos.
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